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Nov. 2016 - March 2017
Para um Futuro Livre de Petróleo





Para um Futuro Livre de Petróleo é uma mini-série de vídeos de reação contra a prospeção e futura extração de combustíveis fósseis (petróleo e gás natural) ao largo da costa portuguesa (offshore) e em terra (onshore) através de fracturação hidráulica ou fracking.

Sinopse: Num futuro distópico em que a extração de petróleo se tornou uma catastrófica realidade em Portugal, um cidadão-jornalista olha para trás, tentando entender como foi possível avançar com tal decisão.

Nos últimos anos, e em particular em 2015, sob a tutela do antigo governo PSD/CDS-PP, foram propostos e assinados contratos neste âmbito entre o Estado Português e várias companhias petrolíferas (Galp, Partex, Repsol, Eni, Australis, Cosmos e a polémica Portfuel). O assunto é do maior interesse nacional, dados os seus impactos ambientes, rutura com compromissos climáticos internacionais e uma redefinição, mais poluente, do plano energético português. No entanto, estes contratos foram assinados à revelia da população. Entretanto no poder, o governo PS tem evitado uma posição clara sobre o caso e até ao momento parece concordar com o avanço destes negócios.

Primeiro no Algarve e no Alentejo, e depois um pouco por todo o país (com grande destaque para a região de Peniche, que também será grandemente afetada), surgiram de imediato vários movimentos de contestação: PALP, MALP, ASMAA, Movimento Futuro Limpo, Climáximo, S.O.S. Salvem o Surf, Não ao Fracking Aljezur, Tavira em Transição, Porto pelo Ambiente e Peniche Livre de Petróleo, entre outros.

Inhabitants junta-se a este protesto, com a produção de um conjunto de vídeos informativos, lúdicos e ativistas que contribuam para um cancelamento destes contratos e, mais, o total desinvestimento nacional em combustíveis fósseis.

Para um Futuro Livre de Petróleo foi produzido pelo Museu Coleção Berardo no âmbito da exposição Matter Fictions, com curadoria de Margarida Mendes. Gostaríamos de agradecer a: Margarida Mendes, João Camargo, Profª. Júlia Seixas, Profº. Filipe Duarte Santos, Gonçalo Gama Pinto, Vítor de Andrade, Francisca Manuel, Daniel Melim, Catarina de Oliveira, Estelle Nabeyrat, Francisca Aires, Luís Lázaro Matos, Mariana Silva, Marisa Fálcon, Paula Sá Nogueira, Pedro Barateiro, Pedro Gomes. Produzido por inhabitants e Gonçalo Gama Pinto.

berardologo



UPDATES:
(Dezembro de 2016): O governo de Portugal afirmou publicamente este mês a rescisão dos contratos com a empresa Portfuel para prospeção e extração de gás através de fracking no interior algarvio, bem como o início do processo de rescisão do consórcio que reúne Repsol e Partex para alto mar no Algarve. No entanto, o governo justificou estas rescisões por motivos administrativos, em vez de políticos.

(Janeiro de 2017): Incongruente com a notícia anterior, os planos para exploração no resto do país mantêm-se. De maior urgência, encontra-se previsto o primeiro furo já entre Abril e Maio de 2017 pela ENI e a GALP na costa de Aljezur. Ainda há muito a fazer pela frente!

(Março de 2017): A campanha Empregos pelo Clima inaugura o seu website português: Empregos pelo Clima.

(Outubro 2018): ENI e GALP desistem do furo petrolífero em Aljezur, sob pressão dos movimentos activistas e ambientalistas, com particular destaque para o esforço desenvolvido pelo PALP. Os movimentos concentram-se agora na proposta de exploração em terra, perto de Aljezur. Mas como o ativista e pesquisador de alterações climáticas diz, "Não basta não começarmos novos projectos e infra-estruturas de petróleo, gás e carvão: teremos que fechar projectos actualmente em funcionamento, muito antes do seu fim de vida. (...) A luta contra o petróleo e o gás atravessa fronteiras políticas e temáticas, não se trata apenas do ambiente, é da sociedade, são escolhas de desenvolvimento, de alternativas." (Público, 29 Outubro 2018).



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